Não é necessária a esperança de que um dia seja, pois hoje já não é.
Não-sendo hoje, não poderá jamais ser, não há porque viver da esperança de que seja.
Não, não preciso da promessa, preciso do ser, preciso agora de algo que possa ser, não daquilo que promete ser, preciso daquilo que é agora.
Tenho raiva do que não é agora.
Tenho raiva do que tem a ousadia de viver sendo promessa, sendo a sombra do que deveria ser.
Nem ao menos entendo - ou quero entender - como é possível um existir de promessa, um existir de dizer que será aquilo que não se é.
Não, para mim, ou se é já, ou não se é nunca.
Pode parecer fatalismo, mas é lógico: uma coisa é o que é, não o que será.
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