Quando eu tinha quatro anos minha mãe morreu. Eu não sabia o que era morte. Num momento único minha irmã me disse que morrer é tornar-se estrela e não voltar à Terra nunca mais, viver para sempre no céu, olhando as pessoas e cuidando delas.
Depois desse dia eu comecei a olhar para a Lua todos os dias antes de ir dormir. Eu não sabia qual estrela era minha mãe, então pedia à Lua que lhe desejasse boa noite por mim e dissesse que eu a amo. Não era como ter minha mãe de volta, mas dava-me um pouco de conforto, como se ela estivesse mais perto.
Quatorze anos depois, é um hábito que eu mantenho e que sempre me alivia um pouco das tensões e preocupações. Até hoje. Mas agora, depois de passar esse tempo com você e de ouvir todas as suas conversas sobre corpos celestes, eu olhei pra Lua, pretendendo pedir-lhe que levasse meu recado, mas, pela primeira vez, ela falou comigo antes que eu pudesse pedir, e ela não falou da minha mãe, como eu sempre desejei, ela só fez lembrar-me de você.
Agora eu me sinto longe até da minha mãe por sua causa e fico aqui me perguntando por que eu me torturo assim. Não vale a pena parar de mandar meus recados para minha mãe só porque a Lua insiste em falar sobre você. E tudo que eu queria saber é se alguma vez você me amou, ou pelo menos gostou um pouco, mesmo que por um segundo. Não quero perder minha mãe de novo - agora que sei o que é morte - por causa de momentos em que fui um brinquedo.
Eu lhe emploro, devolva-me o direito de falar com a minha mãe.
Textos que me vem prontos à mente. Textos que falam sobre o vivi ou sobre o que vi sendo vivido. Textos feitos de pessoas, de imagens marcantes, de olhos com lágrimas, de sentimentos calados.
domingo, 26 de setembro de 2010
sábado, 25 de setembro de 2010
Sem nome
Eu juro que queria não ter essa atração tão completa por você. Eu não quero. Mas é que tudo que há em mim quer desesperadamente querer você. Não é culpa sua, eu sei. Ou talvez até seja, por ter-se mostrado tão perfeito pra mim, mas eu lhe quero tanto tanto que não sou capaz de acusar-lhe de nada. A culpa é minha, que faço meus olhos enfeitarem tudo que veêm. A culpa é minha que sou capaz de ver beleza em cada pequena coisa que você diz, até nas mais ásperas, que doem nos ouvidos - e eu juro que sou capaz, se até nesse seu jeito distraído eu vejo graça, esse seu jeito que não lhe deixa ver que eu lhe quero.
Na verdade, acho que eu não deveria enfatizar tanto esse querer profundo que venho nutrindo incessantemente por você, já que não sei nem que nome dou a ele, apesar de ter uma certeza absurda de que é real. Digo que é absurda essa certeza pois ela não deveria nem mesmo existir, já que nunca sequer lhe toquei um toque que alguém que fosse mais que uma simples amiga tocaria - o que eu acho que é até bom, uma vez que tudo que eu toco vira lembrança, e ai de mim se; além da memória do seu sorriso, do seu cheiro, do seu cabelo, de você na chuva; tivesse que conviver pacificamente também com a lembrança da sua pele nos meus dedos.
Mas, por absurda que seja, há a menos essa certeza que me afirma categoricamente que eu lhe quero. E mesmo que esse querer não tenha nome, ele existe e isso me basta.
Na verdade, acho que eu não deveria enfatizar tanto esse querer profundo que venho nutrindo incessantemente por você, já que não sei nem que nome dou a ele, apesar de ter uma certeza absurda de que é real. Digo que é absurda essa certeza pois ela não deveria nem mesmo existir, já que nunca sequer lhe toquei um toque que alguém que fosse mais que uma simples amiga tocaria - o que eu acho que é até bom, uma vez que tudo que eu toco vira lembrança, e ai de mim se; além da memória do seu sorriso, do seu cheiro, do seu cabelo, de você na chuva; tivesse que conviver pacificamente também com a lembrança da sua pele nos meus dedos.
Mas, por absurda que seja, há a menos essa certeza que me afirma categoricamente que eu lhe quero. E mesmo que esse querer não tenha nome, ele existe e isso me basta.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Menos um
Não sei porquê, mas agora toda noite eu conto menos um. Menos um dia. Pra quê? Não sei. Só sei que cada dia que se vai é um alívio quase imperceptível e cada dia que chega é uma nova tortura.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Dois dias
Há dois dias atrás eu previ a queda, a ruína, a lágrima. Hoje, tudo aconteceu de repente, em cinco minutos, tudo acabou. Agora o que me resta são lembranças esparsas,, vagas e pouco nítidas. As memórias fortes, essas são poucas, tanto que podem ser destribuídas em apenas três grupos de dois.
Dois dias: o primeiro beijo, que, pra mim, nada quis dizer (04/6/2010) e a música que fizeste pra mim, que, pra ti, nada quis dizer, mas, pra mim, significou o mundo (27/8/2010).
Dois dias: o texto que te dei, pra mostrar que a música significou tudo (01/9/2010) e o terceiro dia após isso, que foi o dia no qual completamos 3 meses juntos, separados, o qual, tenho certeza nem ao menos lembraste (04/9/2010).
Dois dias: o dia em que voltaste da tua viagem e eu, feliz, queria ver-te, mas tu te mantiveste ocupado (13/9/2010) e hoje, que, sem escrúpulo algum, deixas-me só, somente porque gosto de ti (15/9/2010).
Além disso, só teus sorrisos - falsos - e tuas carícias - dirigidas em pensamento a sabe-se-lá-quem - e teus abraços - folgados - e tuas brincadeiras - malíciosas - e essa dor que me corrói a carne. E é assim, nessa sensação de mágoa eterna, que me despeço do teu último dia na minha vida: o dia dos nossos 101 dias que nunca se tornarão 102.
Dois dias: o primeiro beijo, que, pra mim, nada quis dizer (04/6/2010) e a música que fizeste pra mim, que, pra ti, nada quis dizer, mas, pra mim, significou o mundo (27/8/2010).
Dois dias: o texto que te dei, pra mostrar que a música significou tudo (01/9/2010) e o terceiro dia após isso, que foi o dia no qual completamos 3 meses juntos, separados, o qual, tenho certeza nem ao menos lembraste (04/9/2010).
Dois dias: o dia em que voltaste da tua viagem e eu, feliz, queria ver-te, mas tu te mantiveste ocupado (13/9/2010) e hoje, que, sem escrúpulo algum, deixas-me só, somente porque gosto de ti (15/9/2010).
Além disso, só teus sorrisos - falsos - e tuas carícias - dirigidas em pensamento a sabe-se-lá-quem - e teus abraços - folgados - e tuas brincadeiras - malíciosas - e essa dor que me corrói a carne. E é assim, nessa sensação de mágoa eterna, que me despeço do teu último dia na minha vida: o dia dos nossos 101 dias que nunca se tornarão 102.
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Nada além de uma mágoa
Dói tanto que não posso explicar. Como pode doer tanto algo que já passou? Como pode doer tanto algo que não houve? Como pode doer tanto algo que houve? Como? Por que isso causa lágrimas? Nunca pensei que diria isso, mas agora eu não te abraçaria se estivesses aqui. Agora eu não te beijaria. Não sei se me acalmaria com a tua presença ou se meu desespero iria aumentar. Queria que estivesses aqui, mas pra me dar as respostas das quais preciso.
Até este momento eu não havia pensando nesses quilômetros que nos separam como algo que me impedissem de tocar-te, mas agora não consigo mais recompor a textura da tua pele só com o pensamento como há algumas horas atrás. Diga-me, por que existe ciúme numa coisa tão velha e tão simples e tão incoerente e tão impossível?
Não, é só uma mágoa. Só uma feridantiga. Só mais uma paranóia minha. Tem que ser. Queria você aqui p'ra dizer-me que é bobagem. Por alguma razão, que não consigo fazer-me acreditar que não é real. Por alguma razão, acho que conseguiria acreditar em ti. Por que acreditar mais em ti que em mim mesma? De qualquer forma, por que isso mudaria alguma coisa? É bobo.
Ainda não consigo esquecer o tom de felicidade que havia na tua voz quando era p'ra ela que você falava. Tanto tempo e isso veio perseguir-me hoje. Logo hoje que deveria ser um dia feliz com meus amigos. Droga de amigos fofoqueiros. Mas eu os amo. Ainda não consigo lembrar de algum dia no qual tua voz fosse tão feliz quando a conversa era entre nós.
Porra, por que tua voz era tão feliz p'raquela vadia? Ela te traiu, fez-te de idiota, brincou contigo, mas a merda da tua voz é mais feliz p'ra ela do que p'ra mim, que sou incapaz de fazer qualquer coisa que, mesmo em sonho, magoe você. E essa merda da minha insegurança. Que saco gostar tanto de estar contigo. Que saco gostar tanto de ti. Que saco ter tanto medo de perder-te. Que saco não te ter aqui p'ra dizer-me que não te perderei. Que saco que tu nunca dirás que não vou perder-te porque tu não me gostas.
Meu amigo está certo, que relação é essa de não-gostar?
Minha amiga está certa, que relação é essa de gostar-não-recíproco?
Por um segundo, eu te odeio. Mas não posso odiar-te por muito mais tempo, nem sabes o que está acontecendo comigo agora, estás em outro país. É um erro. É um erro, eu sei, é um erro. Tudo isso é um erro. O ciúme, a raiva. Talvez até a relação. Mas eu sempre erro nessas coisas, não sei escolher.
Uma vontade louca de gritar todos os palavrões do mundo. De fumar todos os cigarros que eu conseguir. De ouvir músicas que só pioram tudo. De ser o eu que eu não gosto. De me afundar mais na depressão que já me acompanha há anos. De dizer que preciso de ti. De conseguir não precisar. Pelo menos ainda posso escrever. E p'ra isso não há limite imposto: as palavras me vêm à mente infinitas.
Que vontade de perguntar e que medo de ouvir a resposta. O que há afinal? O que é real e o que não é? Nós somos? Acho que sim, ou não doeria tanto, infelizmente, acho que não p'ra ti, mas apenas pra mim. Para ti, o que somos, afinal?
Por favor, se for uma resposta ruim, não tenha medo de dizê-la: vai ser só mais uma mágoa.
Até este momento eu não havia pensando nesses quilômetros que nos separam como algo que me impedissem de tocar-te, mas agora não consigo mais recompor a textura da tua pele só com o pensamento como há algumas horas atrás. Diga-me, por que existe ciúme numa coisa tão velha e tão simples e tão incoerente e tão impossível?
Não, é só uma mágoa. Só uma feridantiga. Só mais uma paranóia minha. Tem que ser. Queria você aqui p'ra dizer-me que é bobagem. Por alguma razão, que não consigo fazer-me acreditar que não é real. Por alguma razão, acho que conseguiria acreditar em ti. Por que acreditar mais em ti que em mim mesma? De qualquer forma, por que isso mudaria alguma coisa? É bobo.
Ainda não consigo esquecer o tom de felicidade que havia na tua voz quando era p'ra ela que você falava. Tanto tempo e isso veio perseguir-me hoje. Logo hoje que deveria ser um dia feliz com meus amigos. Droga de amigos fofoqueiros. Mas eu os amo. Ainda não consigo lembrar de algum dia no qual tua voz fosse tão feliz quando a conversa era entre nós.
Porra, por que tua voz era tão feliz p'raquela vadia? Ela te traiu, fez-te de idiota, brincou contigo, mas a merda da tua voz é mais feliz p'ra ela do que p'ra mim, que sou incapaz de fazer qualquer coisa que, mesmo em sonho, magoe você. E essa merda da minha insegurança. Que saco gostar tanto de estar contigo. Que saco gostar tanto de ti. Que saco ter tanto medo de perder-te. Que saco não te ter aqui p'ra dizer-me que não te perderei. Que saco que tu nunca dirás que não vou perder-te porque tu não me gostas.
Meu amigo está certo, que relação é essa de não-gostar?
Minha amiga está certa, que relação é essa de gostar-não-recíproco?
Por um segundo, eu te odeio. Mas não posso odiar-te por muito mais tempo, nem sabes o que está acontecendo comigo agora, estás em outro país. É um erro. É um erro, eu sei, é um erro. Tudo isso é um erro. O ciúme, a raiva. Talvez até a relação. Mas eu sempre erro nessas coisas, não sei escolher.
Uma vontade louca de gritar todos os palavrões do mundo. De fumar todos os cigarros que eu conseguir. De ouvir músicas que só pioram tudo. De ser o eu que eu não gosto. De me afundar mais na depressão que já me acompanha há anos. De dizer que preciso de ti. De conseguir não precisar. Pelo menos ainda posso escrever. E p'ra isso não há limite imposto: as palavras me vêm à mente infinitas.
Que vontade de perguntar e que medo de ouvir a resposta. O que há afinal? O que é real e o que não é? Nós somos? Acho que sim, ou não doeria tanto, infelizmente, acho que não p'ra ti, mas apenas pra mim. Para ti, o que somos, afinal?
Por favor, se for uma resposta ruim, não tenha medo de dizê-la: vai ser só mais uma mágoa.
sábado, 4 de setembro de 2010
Para uma união completa
Casa comigo. Casa comigo que eu te quero para sempre sendo meu travesseiro-protetor-sonífero ou seja lá o que há em ti que cura minha insônia. Casa comigo que eu preciso da tua calma naquelas horas recorrentes em que estou com aquela inquietude interna. Casa comigo que eu necessito da tua música pra recompor a harmonia da minha alma e do gosto do metal nos teus dedos pra me livrar dos cigarros.
Casa comigo que eu quero nós dois nos descobrindo em espírito a cada sorriso, a cada mania, a cada amanhecer e a cada carícia. Casa comigo que tu és o único que meu corpo aceita. Casa comigo que eu quero crescer com a tua sabedoria. Casa comigo que eu gosto de ver Vênus e lembrar de ti. Casa comigo que eu preciso sentir-te cada vez mais dentro de mim.
Casa comigo que o teu espaço dentro de mim está crescendo mais e mais e está derrubando todas as barreiras pra conseguir crescer e está ocupando lugares onde antes só havia espaço para morte e lágrima. Casa comigo que tu tiras tudo que tem dentro de mi que me faz mal. Casa comigo que contigo eu sou um versão mais verdadeira de mim. Casa comigo que tu és tudo que vem à minha cabeça. Casa comigo que tu és tudo. Casa comigo que eu te amo. Casa comigo.
Casa comigo que eu quero nós dois nos descobrindo em espírito a cada sorriso, a cada mania, a cada amanhecer e a cada carícia. Casa comigo que tu és o único que meu corpo aceita. Casa comigo que eu quero crescer com a tua sabedoria. Casa comigo que eu gosto de ver Vênus e lembrar de ti. Casa comigo que eu preciso sentir-te cada vez mais dentro de mim.
Casa comigo que o teu espaço dentro de mim está crescendo mais e mais e está derrubando todas as barreiras pra conseguir crescer e está ocupando lugares onde antes só havia espaço para morte e lágrima. Casa comigo que tu tiras tudo que tem dentro de mi que me faz mal. Casa comigo que contigo eu sou um versão mais verdadeira de mim. Casa comigo que tu és tudo que vem à minha cabeça. Casa comigo que tu és tudo. Casa comigo que eu te amo. Casa comigo.
Vá
Não, não digas nada. Não há algo que possa tirar essa dor que colocaste aqui dentro. Não, não digas nada. Não quero ouvir-te, não quero tuas explicações. Da tua boca só saem mentiras e não quero essas coisas que dizes. Não quero tua voz maculando meus ouvidos.
O que fizeste não tem justificativa, não perdão para uma atitude tão inescrupulosa e infantil. Não quero mais ouvir tua voz, por favor, vá embora agora. Deixa-me sozinha com minhas mágoas e pezares. Vá e não olhes mais para trás, não me tentes com teus olhares novamente. Vá, não me conteste.
É o que querias, por que te arrependes agora? Pretendias deixar-me desde o início, eu sei, então pare com teus fingimentos tolos, não quero mais assistir teu remorso falso pelas lágrimas que provocaste. Vá, eu imploro.
Vá! Não tens direito a assistir ao meu pranto, pra que? Para vangloriar-te com teus amigos depois? Não às minhas custas, vá. Cala-te. Não farei parte do teu jogo, não representarei o papel que queres que que represente, não te pedirei que fiques, queres ir, então vá e dê-se por satisfeito com os momentos em que fiz o que querias até hoje, não espere reprises. Não vou expor-me ao ridículo seguindo teus desejos.
----------------------------
Ah! Querido, que mal me fizeste, que falta me fazes. Não me atrevo a crer até hoje que era tudo mentira, parecia tão real, tão verdadeiro. Como fui tola. Crédula. Agora estou sozinha, olhando teu retrato.
O que fizeste não tem justificativa, não perdão para uma atitude tão inescrupulosa e infantil. Não quero mais ouvir tua voz, por favor, vá embora agora. Deixa-me sozinha com minhas mágoas e pezares. Vá e não olhes mais para trás, não me tentes com teus olhares novamente. Vá, não me conteste.
É o que querias, por que te arrependes agora? Pretendias deixar-me desde o início, eu sei, então pare com teus fingimentos tolos, não quero mais assistir teu remorso falso pelas lágrimas que provocaste. Vá, eu imploro.
Vá! Não tens direito a assistir ao meu pranto, pra que? Para vangloriar-te com teus amigos depois? Não às minhas custas, vá. Cala-te. Não farei parte do teu jogo, não representarei o papel que queres que que represente, não te pedirei que fiques, queres ir, então vá e dê-se por satisfeito com os momentos em que fiz o que querias até hoje, não espere reprises. Não vou expor-me ao ridículo seguindo teus desejos.
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Ah! Querido, que mal me fizeste, que falta me fazes. Não me atrevo a crer até hoje que era tudo mentira, parecia tão real, tão verdadeiro. Como fui tola. Crédula. Agora estou sozinha, olhando teu retrato.
Pedido de casamento
E se eu te der tudo qu tenho, que darás a mim? Que ficará pra mim? Qual será a minha parte? E qual vai ser a parte minha que ficará pra mim? Pois, se eu te dou tudo, dou-te inclusive eu. Diga-me, meu amor, o que caberá a mim? Quais serão os meus direitos e deveres?
Qual parte da responsabilidade será a minha, todas ou nenhuma? Pois, se eu sou quem doa tudo, então, tudo que acontecer será minha responsabilidade, no entanto, se não tenho nada, como posso ter que arcar com as consequências?
Diga-me, querido, se eu te der tudo que tenho, que será meu? Que será eu?
Não, fiquemos contentes com o pouco que nos damos, que esse pouco não te impõe nada, que esse pouco não te faz perguntas, que esse pouco não tira de mim a posse de mim mesma, que esse pouco não nos mostra os buracos nos lençóis que nos cobrem, que esse pouco não tira pedaços euquivalentes de cada um de nós para trocá-los, que esse pouco não nos pede nada. Não, tu é que pedes a ele mais dele, eu que que peço mais de ti. Tu que não te satisfazes com uma só dança, eu que não me satisfaço com um só jantar.
O pouco nos une na distância, pois, na distância, ele nos faz pensar nele e sentir falta. O pouco não nos revela os defeitos mútuos que temos e não gostamos. não, meu amor, deixemos como está, que quando estou sozinha é quando mais te quero.
Qual parte da responsabilidade será a minha, todas ou nenhuma? Pois, se eu sou quem doa tudo, então, tudo que acontecer será minha responsabilidade, no entanto, se não tenho nada, como posso ter que arcar com as consequências?
Diga-me, querido, se eu te der tudo que tenho, que será meu? Que será eu?
Não, fiquemos contentes com o pouco que nos damos, que esse pouco não te impõe nada, que esse pouco não te faz perguntas, que esse pouco não tira de mim a posse de mim mesma, que esse pouco não nos mostra os buracos nos lençóis que nos cobrem, que esse pouco não tira pedaços euquivalentes de cada um de nós para trocá-los, que esse pouco não nos pede nada. Não, tu é que pedes a ele mais dele, eu que que peço mais de ti. Tu que não te satisfazes com uma só dança, eu que não me satisfaço com um só jantar.
O pouco nos une na distância, pois, na distância, ele nos faz pensar nele e sentir falta. O pouco não nos revela os defeitos mútuos que temos e não gostamos. não, meu amor, deixemos como está, que quando estou sozinha é quando mais te quero.
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