quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Dois dias

Há dois dias atrás eu previ a queda, a ruína, a lágrima. Hoje, tudo aconteceu de repente, em cinco minutos, tudo acabou. Agora o que me resta são lembranças esparsas,, vagas e pouco nítidas. As memórias fortes, essas são poucas, tanto que podem ser destribuídas em apenas três grupos de dois.

Dois dias: o primeiro beijo, que, pra mim, nada quis dizer (04/6/2010) e a música que fizeste pra mim, que, pra ti, nada quis dizer, mas, pra mim, significou o mundo (27/8/2010).

Dois dias: o texto que te dei, pra mostrar que a música significou tudo (01/9/2010) e o terceiro dia após isso, que foi o dia no qual completamos 3 meses juntos, separados, o qual, tenho certeza nem ao menos lembraste (04/9/2010).

Dois dias: o dia em que voltaste da tua viagem e eu, feliz, queria ver-te, mas tu te mantiveste ocupado (13/9/2010) e hoje, que, sem escrúpulo algum, deixas-me só, somente porque gosto de ti (15/9/2010).

Além disso, só teus sorrisos - falsos - e tuas carícias - dirigidas em pensamento a sabe-se-lá-quem - e teus abraços - folgados - e tuas brincadeiras - malíciosas - e essa dor que me corrói a carne. E é assim, nessa sensação de mágoa eterna, que me despeço do teu último dia na minha vida: o dia dos nossos 101 dias que nunca se tornarão 102.

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