sábado, 4 de setembro de 2010

Não, não digas nada. Não há algo que possa tirar essa dor que colocaste aqui dentro. Não, não digas nada. Não quero ouvir-te, não quero tuas explicações. Da tua boca só saem mentiras e não quero essas coisas que dizes. Não quero tua voz maculando meus ouvidos.

O que fizeste não tem justificativa, não perdão para uma atitude tão inescrupulosa e infantil. Não quero mais ouvir tua voz, por favor, vá embora agora. Deixa-me sozinha com minhas mágoas e pezares. Vá e não olhes mais para trás, não me tentes com teus olhares novamente. Vá, não me conteste.

É o que querias, por que te arrependes agora? Pretendias deixar-me desde o início, eu sei, então pare com teus fingimentos tolos, não quero mais assistir teu remorso falso pelas lágrimas que provocaste. Vá, eu imploro.

Vá! Não tens direito a assistir ao meu pranto, pra que? Para vangloriar-te com teus amigos depois? Não às minhas custas, vá. Cala-te. Não farei parte do teu jogo, não representarei o papel que queres que que represente, não te pedirei que fiques, queres ir, então vá e dê-se por satisfeito com os momentos em que fiz o que querias até hoje, não espere reprises. Não vou expor-me ao ridículo seguindo teus desejos.

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Ah! Querido, que mal me fizeste, que falta me fazes. Não me atrevo a crer até hoje que era tudo mentira, parecia tão real, tão verdadeiro. Como fui tola. Crédula. Agora estou sozinha, olhando teu retrato.

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